Ainda que seu nome não seja de uso comum para muitas pessoas, a antropologia está em boa parte das reflexões e discussões habituais do mundo contemporâneo. Nossas relações estão cada vez mais impactadas por questões relativas às diferenças e diversidades culturais. Hoje, não há convivência que não debata as diferenças entre gerações, grupos étnicos, questões de gênero, sexualidade e especificidades identitárias. É neste cenário que a antropologia se apresenta como disciplina de vital relevância, pela sua capacidade de promover compreensão e explicar uma série de impasses sociais e culturais da complexificação e globalização mundial.
A pós-graduação lato sensu em Antropologia Cultural da PUCPR engloba as principais reflexões e pesquisas em antropologia, promovendo novos olhares, mediações e perspectivas para os desafios da vida contemporânea.
Por que fazer Antropologia Cultural na PUCPR?
Com mais de uma década de história, a pós-graduação lato sensu em Antropologia Cultural da PUCPR é reconhecida como uma formação sólida, crítica, atualizada e variada, capaz de fornecer ao estudante os instrumentos e competências de caráter teórico, conceitual e metodológico necessários para a atuação em Antropologia. Exercitando a diversidade cultural, o curso recebe estudantes de diversas formações, interessados em debates contemporâneos que ampliem suas chances de ingresso no Mestrado e nas subáreas antropológicas.
Entre os temas clássicos do saber antropológico indispensáveis para o exercício profissional e abordados pela grade do curso, estão cultura, relativismo, identidade, alteridade, diversidade, pesquisa de campo, etnografia e observação participante.
Público-Alvo
Tradicionalmente voltado a receber alunos egressos de graduações em ciências sociais, história, serviço social, pedagogia, direito ou filosofia, o curso vem atraindo cada vez mais profissionais de outras áreas de formação como Comunicação Social, Marketing, Publicidade e Propaganda, Administração, Design, e demais graduados que busquem novos aportes teórico-metodológicos, conhecimentos em pesquisas etnográficas e diversidade cultural
Mercado de atuação
O pós-graduado lato sensu em Antropologia Cultural pela PUCPR possui papel vital em sociedades vistas como não-ocidentais ou tradicionais, mediando relações entre estas e as esferas do poder público e do Estado e sua atuação vem sendo ampliada em variados âmbitos das sociedades complexas. É um profissional dotado de radicalidade empírica, compromisso ético e político com as múltiplas expressões da diversidade e desigualdade, bem como orientação epistemológica e metodológica crítica. Graças a essas habilidades, o antropólogo cultural é requisitado para atuar em pesquisas de mercado, na avaliação de políticas públicas específicas, em diferentes modalidades no âmbito da saúde, educação, consumo, política, economia, artes, etc..
Professores Inspiradores
Na PUCPR você aprende com os melhores professores do mercado. Profissionais que poderão compor o corpo docente na abertura da turma.
Doutor em Sociologia e Antropologia (UFRJ), Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), bacharel em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), graduado e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Coordenador da Especialização em Antropologia Cultural e professor da Licenciatura e do Bacharelado em Ciências Sociais da PUCPR. Tem experiência nas áreas de Antropologia, Sociologia e Teatro, com ênfase em Antropologia do Teatro, Antropologia e Sociologia da Arte e Estudos da Performance.
caue.kruger@pucpr.br
Aline Fonseca Iubel
Doutorado
Psicanalista clínica em formação continuada. Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos. Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Paraná. Bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná. Realizou estágio pós-doutoral na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com pesquisa que reflete temas como política, terra, territorialidade, território, gestão ambiental e transformações entre populações ameríndias, a partir do contexto etnográfico do alto rio Negro, no noroeste Amazônico. Professora colaboradora na Especialização em Antropologia Cultural da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) desde 2011. Participa de diferentes grupos de pesquisa na UFSCar (Laboratório de Etnologias Transespecíficas - LETs), na Unicamp (Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena - CPEI) e na UnB (Laboratório de Antropologias da T/terra). Coordenou e atuou em pesquisas na área do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, em projetos de mecenato subsidiado. Trabalha também como antropóloga em pesquisas para o mercado.
aline.iubel@pucpr.br
Dayana Zdebsky de Cordova
Doutorado
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná (2005) e mestrado em Antropologia Social pela mesma universidade (2010). Defendeu em 2018 a tese "Relações apaixonadas, investimentos obsessivos: uma etnografia sobre o colecionismo e o mercado brasileiro de arte contemporânea", pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos Tem experiência com pesquisas de cunho etnográfico, na gestão e coordenação de projetos de pesquisa e culturais; trabalha com pesquisas de mercado, tendências, experiência do consumidor e organizações. Também tem experiência na execução de projetos culturais relativos à antropologia, arte contemporânea e patrimônio cultural. É professora convidada do Curso de Especialização em Antropologia Cultural da PUC/PR desde 2011. É mãe da Martina e da Dora, e esteve em licença maternidade em 2017 (durante o período de escrita da tese) e entre 2019 e 2020.
dayana.cordova@pucpr.br
Enrico Spaggiari
Doutorado
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (2006), com Iniciação Científica (CNPq). Mestre e doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (com bolsas CNPq e FAPESP). Membro do GEAC-USP (Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade-USP), do LabNAU-USP (Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana da USP) e do LUDENS-USP (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Sobre Futebol e Modalidades Lúdicas). É um dos editores do site Ludopédio (www.ludopedio.com.br) e da Editora Ludopédio. Integra o Conselho Editorial da mesma editora. Além disso, coordena a coleção entreJogos da Editora Intermeios (SP) é é colaborador do Laboratório Social. É autor do livro "Família joga bola: jovens futebolistas na várzea paulistana" (Ed. Intermeios/FAPESP) e co-organizador das coletâneas: "Entre Jogos e Copas: reflexões de uma década esportiva (Ed. Intermeios/FAPESP), "Lazer de perto e dentro: uma abordagem antropológica" (Edições SESC) e "Práticas, conflitos, espaços: pesquisas em antropologia da cidade" (Gramma/Terceiro Nome/Fapesp). Participou de diversos projetos de pesquisa que têm como eixo central questões relacionadas ao método etnográfico e ao desenvolvimento de novas experimentos metodológicos. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana e Antropologia do Esporte, atuando principalmente nos seguintes temas: esporte, juventude, futebol, periferias, cidade e lazer.
enrico.spaggiari@pucpr.br
Mario Antonio Sanches
Doutorado
Mário Antônio Sanches é professor Titular da PUCPR Fez pós-doutorado em Bioética na Cátedra de Bioética da Universidad Pontificia Comillas, em Madrid, com bolsa da CAPES/Fundação Carolina. É Doutor em Teologia, pela EST/IEPG, de São Leopoldo, RS.Sua tese de doutorado, na área de bioética, foi fruto de pesquisa - com apoio da Capes - no Instituto Kennedy de Ética na Universidade Georgetown, Washington, DC. É mestre em Antropologia Social, pela UFPR, especialista em Bioética e licenciado em Filosofia. Hoje é professor no Programa de Pós-graduação em Teologia e no Programa de Pós-graduação em Bioética da PUCPR, líder do Grupo de Pesquisa Teologia e Bioética, membro da SBB/PR e membro do Comitê de Bioética do Hospital Pequeno Príncipe. Pesquisa em bioética e teologia com relação aos temas de família, parentalidade e sexualidade.
m.sanches@pucpr.br
Simone Frigo
Doutorado
Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina, Mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná e Graduada em Ciências Sociais pela mesma instituição. Professora e pesquisadora atua principalmente nos seguintes temas: relações de gênero e sexualidade, pesca, antropologia da política, patrimônio imaterial e estudos prospectivos de futuro.
simone.frigo@pucpr.br
Tiemi Kayamori Lobato da Costa
Doutorado
Doutora em Antropologia pela Universidade Federal do Paraná (2019), atua como docente na disciplina de Antropologia do Consumo na Pós-Graduação em Antropologia da PUC/PR. Possui mais de 10 anos de experiência em pesquisas de mercado, com foco em metodologias qualitativas e estratégicas para empresas de diversos setores. Tem experiência com produtos digitais em startups nacionais e internacionais, atuando nas áreas de UX Research e ResearchOps. Coordenou projetos de pesquisa voltados para a internacionalização de produtos digitais, mapeamento de novas oportunidades de negócio e caracterização aprofundada de públicos segmentados. É fundadora da Ruído Lab, uma consultoria especializada em pesquisa qualitativa.
tiemi.costa@pucpr.br
Tomás Henrique de Azevedo Gomes Melo
Doutorado
Doutor em Antropologia pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia na Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF), Mestre em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia na Universidade Federal do Paraná (PPGA/UFPR), Graduado em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Itajaí. Tem experiência na área de Antropologia Urbana e Antropologia Política, atuando principalmente nos temas: População em Situação de Rua, Movimentos Sociais, Direitos Humanos, Estado e Políticas Públicas.
A disciplina de Teorias Antropológicas está voltada a apresentar os principais paradigmas antropológicos desde a formação da disciplina, na metade do século XIX até os dias atuais. Além de correlacionar o desenvolvimento dessa área do saber com os desdobramentos de conceitos fundamentais como cultura, civilização, progresso, raça, tecnologia, alteridade e diversidade, os estudantes identificam o potencial da pesquisa etnográfica e do relativismo cultural na análise de diferentes fenômenos sociais.
Este módulo tem como objetivo apresentar a etnografia como estratégia de pesquisa em antropologia cultural. Para tanto, o módulo se organiza em três linhas de reflexão: identificar a dupla acepção da etnografia como pesquisa de campo e produção de linguagens; revisar as mudanças pelas quais a etnografia passou ao longo do processo histórico de formação da antropologia; e refletir sobre as possibilidades de inscrição da etnografia em diferentes suportes. Assim, o módulo serve de introdução à etnografia, oferecendo ao aluno conhecimentos para se engajar com esta estratégia de pesquisa de maneira crítica e autônoma.
Partindo da ideia de que a diversidade e a desigualdade atravessam as experiências do urbano, o presente módulo percorrerá escolas clássicas e fundantes da chamada antropologia urbana e chegará a teorias e etnografias desenvolvidas contemporaneamente no Brasil. Ao longo de nossos estudos, colocaremos sob perspectiva nossas concepções e vivências de cidade, nos aproximaremos de olhares outros sobre os contextos urbanos e nos concentraremos particularmente na produção das desigualdades tão constituidoras das cidades brasileiras e de suas territorialidades.
Este curso visa refletir sobre a política (ou, as políticas) enquanto objeto de estudo antropológico. Para isso, desenharemos o panorama do desenvolvimento e consolidação dos diversos debates e trabalhos nos quais política, relações de poder, estado e nação adquiriram centralidade na antropologia como um todo e, particularmente, no Brasil. Outros tópicos a serem analisados são as relações entre cultura e poder; relações de poder e diversidade; e formas de associação política.
Na antropologia, estudos sobre consumo vêm ganhando relevância justamente pela transversalidade de seus temas, também abordados por disciplinas como a sociologia, design, publicidade, marketing, entre outras. Através do aporte antropológico/etnográfico, este curso busca pensar os processos de construção (e desconstrução) do consumo e dos consumidores a partir das relações que atravessam tais movimentos. A "globalização", as noções de cidadania, o consumo cotidiano, as práticas institucionais e suas representações dos consumidores, marcas e empresas, são algumas das temáticas abordadas durante o curso.
Antropologia aplicada: de que forma o conhecimento e a prática da antropologia podem contribuir para temas contemporâneos como capitalismo, globalização, consumo, poder, tecnologia, comunicação, internet?
Gênero e sexualidade apresenta-se como uma disciplina cuja compreensão está intimamente ligada ao desenvolvimento dos paradigmas antropológicos. Portanto, discute-se a temática desde o surgimento da disciplina até os dias atuais, passando dos clássicos aos contemporâneos. Contempla os principais marcos da contribuição antropológica para os estudos de gênero. Noções de masculinidade, feminilidade e arranjos híbridos. Papéis sociais, sexualidade, corpo. Temas de estudo em gênero e sexualidade
A disciplina tem por objetivo relacionar a dimensão dinâmica da cultura com os impactos derivados da globalização e de seus reflexos na esfera intercultural. Contempla as múltiplas faces da violência. Relações entre cultura, violência e poder. Desigualdades, marginalização, criminalidade e sociabilidades violentas e intolerância em perspectiva antropológica. Os direitos humanos, marcos protetivos e processos de normatização ocidentais. Diversidade cultural, Estados Nacionais e sistemas legais.
Panorama da antropologia e da etnologia produzida no Brasil, de modo a apreender algumas especificidades e tendências. O processo de constituição e institucionalização da disciplina e suas vertentes. O lugar da antropologia nos debates sobre a nação raça, identidade e etnia. Multiculturalismo e diversidade na sociedade brasileira. Povos indígenas no Brasil. A antropologia no Brasil e a antropologia do Brasil.
Antropologia do Brasil Contemporâneo: cada estudante deverá selecionar um tema referente à antropologia nacional para a realização de uma pesquisa acadêmica cujo resultado poderá ter formatos de artigo, documentário, podcast, vídeo, performance ou exposição.
A disciplina tem por objetivo apresentar o desdobramento da arte e da imagem como possibilidade de objeto, ferramenta e/ou fundamento epistemológico para a construção do saber antropológico. Abordará os principais paradigmas e abordagens da antropologia visual e da arte encorajando os estudantes a desenvolverem processos experimentais de representação e divulgação do conhecimento por meio de diferentes formas expressivas.
A disciplina aborda o fenômeno religioso, seus rituais e expressões culturais em perspectiva antropológica, articulando-os com conceitos como sagrado, o sofrimento, a salvação, a esperança, o mito, o rito, o símbolo, a oração, a vida e a morte, o bem e o mal. A disciplina problematiza também as relações entre magia e ciência e apresenta perspectivas empíricas acerca da religião na atualidade.
Metodologia e Técnicas de Pesquisa em Antropologia
Carga horária: 24h
Partindo de exercícios práticos de observação e descrição, da bagagem de leituras acumuladas pelos alunos e pelas alunas ao longo da especialização e de textos clássicos e contemporâneos que explicitam questões metodológicas, técnicas e éticas da pesquisa antropológica, o curso apresenta às alunas e aos alunos os principais instrumentais utilizados neste modo de pesquisa. Com o suporte de técnicas relativas à escrita critativa, as alunas e os alunos constróem processualmente ao longo do curso a primeira versão de seus seus projetos de pesquisa/TCC's. Neste exercício, surgem dificuldades e interesses inerentes ao fazer antropológico, que são condutores e motivadores práticos da apresentação discussão do conteúdo do curso.
A disciplina tem por objetivo desenvolver análises de caráter antropológico acerda da globalização, promovendo concepções críticas acerca dos processos hegemônicos da técnica e do capitalismo contemporâneo. Contempla debates como os referentes à dimensão da cultura e do poder na globalização, as tensões entre o global e o local, a influência das tecnologias, da mídia, a reconfiguração das noções de tempo e espaço; a produção da diversidade e as ameaças de homogeneização cultural
Analisar os problemas éticos atuais, privilegiando controvérsias relacionadas às atividades profissionais. Ao final, os alunos serão capazes de tomar decisões responsáveis e sustentáveis, de acordo com princípios éticos.